domingo, 1 de agosto de 2010

Fotografia

Quando olho para aquela fotografia, aquela que provém de uma eventualidade tão certa e tão majestosa, o meu olhar solta sorrisos maravilhados e encantados.

Quando olho para aquela fotografia, aquela que testemunha um passado tão presente, a minha mente fica rendida à voz da saudade.

Quando olho para aquela fotografia, aquela que presencia um gesto tão terno e tão lúcido, as minhas mãos esguias percorrem todo aquele cenário verídico.

Quando olho para aquela fotografia, aquela que emana os aromas de um tão harmonioso acontecimento, o meu nariz inala toda aquela fusão de cheiros tão realmente lembrados.

Quando olho para aquela fotografia, aquela que reproduz um cenário tão inolvidável, os meus lábios saboreiam aquele toque tão fortemente ténue.

Quando olho para aquela fotografia, aquela que acarreta uma visão tão muda mas tão percebida, os meus ouvidos debruçam-se naquele silêncio tão ouvido, tão admirável.