Enlaço-me às lágrimas do gracioso pranto e dele solta-se fantasias tão cheias de pecados. Os seus ténues e delicados pingos fazem palpitar o meu desalentado coração mas um lúgubre arrepio cinge-se ao meu rosto frio e murmura atrozes sensações. Impede-me de caminhar livremente rumo aos meus arrefecidos sonhos, fazendo com que caminhe sem calcar o chão, sem deixar pegadas. Solta-se um silêncio embebido numa muda realidade e grita dentro de mim, vozeia por um regresso, um reencontro, um entendimento… Por um gesto que seque tão humedecido rosto!
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
Angustiado olhar
Fragmentos de água límpida jorram do meu melancólico e amargurado olhar, com sonhos e fantasias mergulhados num pranto cristalino e sossegado que se fazem vincar numa noite tão desamparada.
Olhar desgostoso e afadigado de quem tanto já sofreu, testemunha um acontecimento que morreu mesmo antes de ter nascido, pois já viveu mais de mil tormentos de forma tão serena e muda.
Sentimentos de angústia voltaram a rebentar e estão determinados a serem embalados nos braços fortes de uma reminiscência, sem que estes tropecem nos vazios pedaços que o coração emite.
Oh sonhos voltem, deixem-me sorrir e limpem essas lágrimas porque esse olhar vive morrendo e eu… Morro, vivendo em vós!
Olhar desgostoso e afadigado de quem tanto já sofreu, testemunha um acontecimento que morreu mesmo antes de ter nascido, pois já viveu mais de mil tormentos de forma tão serena e muda.
Sentimentos de angústia voltaram a rebentar e estão determinados a serem embalados nos braços fortes de uma reminiscência, sem que estes tropecem nos vazios pedaços que o coração emite.
Oh sonhos voltem, deixem-me sorrir e limpem essas lágrimas porque esse olhar vive morrendo e eu… Morro, vivendo em vós!
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Arte singela de amar
Tento fazer do amor um feito aquém de qualquer analogia e sei que é tão árduo fazê-lo. Nunca ninguém teve a ousadia de me descrever o quão difícil é estar preparado para começar a procurá-lo mas quando parei mesmo antes de começar, ele veio ao meu encontro. Mas o quanto tropecei na arduidade de o encontrar. Nunca teorizei sobre a natureza complexa do amor, apenas segui o destino dos meus sentimentos, dos meus anseios, outrora. Cantando desafinadamente encontrei a melodia certa que se encaixa perfeitamente no meu coração e agora deixo que toda a minha expressão se deleite na guitarra da nossa tão conhecida canção. Manifesto-me hodiernamente sem nunca me preocupar com a sua concreta definição mas sim com a forma que lhe posso dar. Tentarei cuidar dele com as minhas mãos jardineiras, cuidando da voz que o testemunha vincadamente. Amo-me o suficiente para poder dizer que amo outra pessoa e apenas quero presentear-lhe com uma única verdade que não carece de demonstrações testemunhais, de presenças exigidas, apenas espero que se amplie com as ausências significativas. AMO-TE!
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