sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Dia 14 de fevereiro

Hoje é dia…

Hoje é dia 14 de fevereiro de 2014…

Hoje é dia 14 de fevereiro de 2014 e este é o dia dos loucos amantes, dos desmedidos apaixonados, dos eternos enamorados.

Hoje é dia 14 de fevereiro de 2014 e este é o dia dos amargurados solteiros, dos tristes solitários, dos desesperados seres.

Hoje é dia 14 de fevereiro de 2014 e este é o dia dos singelos amores, das vincadas paixões, dos marcantes enlaces.

Hoje é dia 14 de fevereiro de 2014 e este é o dia das calorosas palavras, das vivazes aragens, das límpidas celebrações.

Hoje é dia 14 de fevereiro de 2014 e este é o dia…

Hoje é dia 14 de fevereiro de 2014…

Hoje é dia…


Hoje é simplesmente mais um dia em que tentarei presentear a nossa singular, ímpar e inigualável união com momentos, gestos, palavras que nunca serão esquecidos!


quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Mediocridade humana

Deambulando num universo em que a simplicidade é a mais condenada, em que a autenticidade é a mais invejada, em que o miserável é o mais dependente e em que a moral é a mais nefasta, consegue-se absorver um odor que transporta insensibilidade e mediocridade. Repleto de falsa modéstia e de vazias ações, o ser contemporâneo, desprovido de sensatez, tende a saber menos do que pensa e tende a errar mais do que calcula. Ele permanece pouco neste universo e nem se apercebe que tem pouco tempo de deixar de ser precoce, impetuoso, insignificante, invejoso. Não tem tempo para testemunhar determinados acontecimentos, não tem tempo para presenciar certos feitos e apenas sofre, inveja e, erra o insuficiente para aprender. A inveja provém do ser que ambiciona a felicidade alheia, as virtudes insaciáveis, nutrindo um sentimento tão perverso que nem tem tempo para se aperceber que é tão triste carregar tamanha repugnância, tamanha melancolia, tamanha dor. Tentando encontrar um responsável para acarretar com as consequências das suas errantes ações, tentando engaiolar o progresso e o sucesso do outrem para que se possa engrandecer, tentando encobrir a frustração que sente para que os seus heróis não o impeçam de caminhar, tentando desejar o fracasso dos mais frágeis, jamais encontrará a verdadeira essência de um ser genuíno, puro e autêntico.


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Recém-nascido

Entre as cortinas desse ano tão acarretado e apetrechado de dissemelhantes acontecimentos, entrevejo a anunciação fresca do seu irmão mais novo, pronto para começar a descortinar uma renovada aventura. Infiltrar-se-á sem permissão e debruçar-se-á na estranheza do seu desconhecido objectivo, nunca podendo apelar ao auxílio do seu ilustre mestre, pois quem tem que subir ao trono e reinar é ele, o novo e inocente ano. Seguirá, certamente, as pegadas do seu irmão mas terá que desenhar outras, mesmo que recorra à analogia do mesmo, desinibindo-se e despindo-se de medos e temores pois ninguém o censurará. Ingénuo e amedrontado, inexperiente e aprendiz, desejoso de anseio, tentará ressalvar os bons e os maus feitos que o seu envelhecido irmão lhe cedeu, fazendo com que ambas as contrariedades se convertam em memórias infinitas, diluindo-se, então, numa navegação de aprendizagem, cheia de malas e bagagens. Quando ele nascer, quando ele desabrochar e souber que todos dependem dele, com tamanha responsabilidade, mergulhará nos desejos da humanidade universal e decerto que encontrará o meu: pontapear choros tristes e acautelar risos contentes, vincando a alegria de poder viver despreocupadamente, sendo feliz infinitamente.