Sou grandiosamente colossal, um relâmpago nas
tenções abstratas e abrasamento incapaz de se abolir, uma chama ardente que jamais o vento consegue ora apagar ora estimular.
Sou como rumos extensos e
perduráveis, feito de afeições adjacentes com diversas capacidades de
sobrevivência. Sou o mapa das estradas desconhecidas, conhecedor de caminhos nunca antes passeados.
O universo é o meu areal,
desmedido nas paixões e deleitoso no amor que se dilui nas ondas que se desfazem nas falésias. Sou sereno
e terno, aquele que é a favor da subsistência do indefinido.
Sou uma ameaça para o enfado, um
eterno passageiro que o que mais aprova nas suas viagens é a emoção das
partidas, o seu trajeto e não o propósito.
Sou transparente, sou a expansão
e a flexibilidade em forma de ar, aquele que sopra calmamente capaz de arrepiar qualquer superfície humana, aquele que é inconstante e inesperado, sou uma
aragem e um vendaval.