Chegas mesmo sem
chegares
Apareces mesmo sem
apareceres.
Surges no sossego da
noite,
No alvoroço do dia,
No súbito das horas.
Admiro-te à distância
És algo que se recusa
a ser engaiolado.
Vejo-te desprendida,
libertina, feroz
Atinges vagarosas mas
tão rápidas velocidades
E a tua graciosidade é
uma singela forma de te ter.
Enroscas-te nos pingos chuva
Que fazem purificar
até as almas mais negras.
Por vezes cais e
fazes magoar
Para acordares o que
estava adormecido
Para te cingires na
minha índole.
Não te consigo
definir,
Não te consigo
chamar.
Não tens nome, nem
tens designação.
Surpreendes e fazes
surpreender
E em pouco dizes tudo.
3 comentários:
Para se ser feliz nem sempre é preciso rimar. Que simples e belas palavras!
Eu até acho que não sei rimar, mas má verdade, não é preciso rimar para se ser feliz
Eu até acho que não sei rimar, mas má verdade, não é preciso rimar para se ser feliz
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