quinta-feira, 3 de abril de 2014

Felicidade minha

Chegas mesmo sem chegares
Apareces mesmo sem apareceres.
Surges no sossego da noite,
No alvoroço do dia,
No súbito das horas.

Admiro-te à distância
És algo que se recusa a ser engaiolado.
Vejo-te desprendida, libertina, feroz
Atinges vagarosas mas tão rápidas velocidades
E a tua graciosidade é uma singela forma de te ter.

Enroscas-te nos pingos chuva
Que fazem purificar até as almas mais negras.
Por vezes cais e fazes magoar
Para acordares o que estava adormecido
Para te cingires na minha índole.

Não te consigo definir,
Não te consigo chamar.
Não tens nome, nem tens designação.
Surpreendes e fazes surpreender
E em pouco dizes tudo.


3 comentários:

Anónimo disse...

Para se ser feliz nem sempre é preciso rimar. Que simples e belas palavras!

Rodrigo Barbosa disse...

Eu até acho que não sei rimar, mas má verdade, não é preciso rimar para se ser feliz

Rodrigo Barbosa disse...

Eu até acho que não sei rimar, mas má verdade, não é preciso rimar para se ser feliz