terça-feira, 29 de abril de 2014

Diluído sobre os quatros elementos

Sou grandiosamente colossal, um relâmpago nas tenções abstratas e abrasamento incapaz de se abolir, uma chama ardente que jamais o vento consegue ora apagar ora estimular.

Sou como rumos extensos e perduráveis, feito de afeições adjacentes com diversas capacidades de sobrevivência. Sou o mapa das estradas desconhecidas, conhecedor de caminhos nunca antes passeados.

O universo é o meu areal, desmedido nas paixões e deleitoso no amor que se dilui nas ondas que se desfazem nas falésias. Sou sereno e terno, aquele que é a favor da subsistência do indefinido.

Sou uma ameaça para o enfado, um eterno passageiro que o que mais aprova nas suas viagens é a emoção das partidas, o seu trajeto e não o propósito.


Sou transparente, sou a expansão e a flexibilidade em forma de ar, aquele que sopra calmamente capaz de arrepiar qualquer superfície humana, aquele que é inconstante e inesperado, sou uma aragem e um vendaval.



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