quarta-feira, 12 de julho de 2017

Aquela gaveta...

Aquela gaveta…

Aquela gaveta de pura realidade, de pura sensibilidade, de puro amor. Guardadora de um tesouro inigualável e possuidora de um segredo tão à vista de todos mas que à minha, estava tão escondido, tão esquecido!

Aquela gaveta cheia de nada mas que vinca a presença de uma lembrança inolvidável, que insiste em me chamar constantemente, dia após dia e eu deixei de reparar que ela ali estava!

Aquela gaveta involucrada que só a mim me pertence está acessível ao mundo curioso que tenta cuscar todo o seu conteúdo precioso, de valor inquantificado e eu cego, enciumado com tanta curiosidade em descobri-lo, esqueci-me da sua existência!

Aquela gaveta inquieta, irrequieta e incansável que aos saltos está para que deslumbrado fique com todo o seu conteúdo, quando penso que a vislumbro, desvio o meu olhar daquele tão específico lugar!

Aquela gaveta repleta de ternurentas palavras, promessas tão cheias de verdade e desejos tão sinceros, insiste em aparecer mesmo quando me esqueço dela!

Perdoa-me se me esqueci de espreitar aquela gaveta que tanto amor guarda!