domingo, 24 de maio de 2009

Sabedoria inexplicadamente explorada

Há quem seja prisioneiro do subjectivismo e isso torna-se numa grande sanção, numa grande desventurada dolência. Mas ainda assim, há quem seja capaz de se libertar dele e isso, quando acontece mesmo por abreviados instantes, é uma conquista para a felicidade, embora traduzida numa fonte indecifrável de conceitos inexplorados.
Há quem seja sábio, íntegro e imparcial, procurando sustentar a amargura com decência e dignidade. Mas ainda assim, há quem tome outros rumos, fazendo com que a sabedoria se escasseie e fique diminutamente abolida, proporcionando um certo descomedimento alucinado de anseios.
Há quem seja fortalecido pela desdita mas em tempos vindouros, aprenderá a apreciar com maior felicidade todos os seus coitados momentos. Mas ainda assim, há quem se vitimize por ser um ser constantemente amparado pela adversidade, pela tragédia, entrelaçando os braços.
Há quem profira que a ventura saboreada é rigorosa, requerendo inteligência afiada, trabalho árduo, energia incomparável e empenho dedicado e com esses requisitos, poderão fazer história e assinalar comparência nesse mundo audaz. Mas ainda assim, há quem não a procure activamente, ficando indiferentemente à espera que um prodígio se incida no outrem. No entanto, há quem chegue primordialmente e se debita antes da sabedoria se tornar aliciante, a entristecida melancolia.
Há quem não consiga definir a sabedoria singela, esse bem tão apetecível mas pode-se falar sobre ela, alegando discrepantes ópticas pelas quais pode ser vista, abordada e entendida. Mas ainda assim, há quem não lute para obtê-la dizendo que a perícia saboreada não é nada mais nada menos que um mero fruto dos seres inteligentes, que somente é contagiada pelos mais fortes e que é uma riqueza que se não quer apoderar dos pobres.


domingo, 17 de maio de 2009

Enfatizado sorriso

Finalmente varri as minhas lágrimas jorradas e ascendeu-se o meu sorriso fogoso, querendo sorrir por um mundo só e continuar a fazer-me reluzir sobre todos os obstáculos mais enevoados.
Chorava a rir, simulando uma fantasia contente e ao espelho via o meu fracasso mas tudo mudou, agora posso emoldurar o meu riso e contagiá-lo com os demais seres que me rodeiam.
Até o sorriso mais escurecido brilha na minha noite de luar, perdura nos meus pesadelos aprazíveis e nos meus sonhos indecorosos, deixando as suas marcas em forma de queimaduras atenuadas.
Até as minhas suspeitas multiplicadas são guarnecidas pelo meu empobrecido júbilo, soltando risos melodiosos, diluindo-se em gargalhadas risonhas e é aí que tento levá-los comigo, na minha mão, para o oferecer a quem lacrimeja gotas suplicantes, repletas de anseios sorridentes.
Chegou a hora de reiniciar os meus choros sorridentes, o meu tão enfatizado sorriso, que se avulta nesse presente tão autenticado.