Sinto uma estranheza bastante
bizarra por sentir que hoje estou muito contente por ter estado triste e que
esse sentimento fez de mim um ser contente.
Perante tantas adversidades e
contradições, deixei que acontecimentos taciturnos e peripécias melancólicas
moldassem toda a minha índole e na maioria das vezes, descartei constantemente a
hipótese de tentar e querer mudar, porque pensei que ao fazê-lo, estaria
necessariamente a perder.
A impossibilidade de determinadas
circunstâncias fez-me ambicioná-las ardentemente, porque a perda acaba por nos
fazer com que valorizemos aquilo que não temos.
Este desejo de mudar reacendeu paixões
adormecidas, despertou o gosto pelo inexplorado, pelo arriscado, pelo
inexperimentado mas fiquei amedrontado, violentamente assustado.
A minha vida pediu gentilmente que
eu mudasse, que os meus sonhos se alterassem, que as minhas convicções se modificassem
e na tentativa de o fazer, quis continuar a ser fiel ao desenho de mim mesmo.
Preso às amarras da infelicidade e
cansado de tanta resistência, finalmente aniquilei as forças internas que me
impediam de mudar sem pestanejar. Parei de esperar pela felicidade sem esforços
e deixei de exigir do outrem aquilo que muitas vezes nem eu conseguia conquistar.
Sinto-me honradamente orgulhoso
por ter trabalhado arduamente para a construção da minha felicidade que outrora
julgava perdida, para que possa reinar sem pudor.
A essência de toda esta vontade
de mudar manifestou-se vincadamente e tornou-se numa grandiosa e maravilhosa
revelação para mim próprio.
Jamais temerei as contrariedades da
vida, pois a minha robusta e renovada alma impedirá qualquer desejo, qualquer
querença, qualquer tenção que tenha como primordial objetivo fazê-lo.
2 comentários:
Palavras sábias. Deves repeti-las de cada vez que fraquejares.
Tentarei... Mas não é fácil. Obrigado pela leitura e pela passagem pelo meu blog (",)
Enviar um comentário