quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Destemida convicção

A minha índole contemporânea vestiu-se de manifestos enaltecidos, difundidos pelos meus gestos incrementados e despiu os acanhados controversos, regozijando os enraizados enganos. A vicissitude de me engrandecer deixou-me esperançoso e converteu-me num ser inexorável, visando o alcançado mérito e avassalando o mordaz passado. Num plural de tempos, as minhas convicções ficaram aquém do meu iludido pensamento e medraram em função dos meus comungados anseios, despedindo-se da minha ingénua audácia. O adverso das minhas dores mudas atingiram a voz cabal e na imensidão de um paraíso distante, brotou o meu lúcido expressar.


2 comentários:

Anónimo disse...

...uma espécie de V for Vendetta.

gsdfg disse...

manhã (ou a luz)
gostava de conseguir escrever com sol. escrever com este sol que me lava o rosto. escrever sombra com palavras de sol. a luz da manhã, claro. o sol que já chegou ao índico mas que ainda não teve tempo de se sujar com a monotonia do dia. o sol que ainda é manhã e ainda não encheu o dia de sombras. mas como se faz? como se escreve com esta luz? como se escreve a manhã em páginas de sépia que parecem já entardecidas pelas horas? como escrever este cheiro novo de mais uma rotina velha e repetida? ah! este som da manhã e cheiro de palavras fechadas..R.R