quinta-feira, 18 de junho de 2009

Num avizinhado destino

Cerro o meu olhar por momentos súbitos e sem balbuciar e, colidir com os meus áridos pesadelos, debuxarei o meu próprio retrato tão contente, desenharei os meus feitos tão inspirados, projectarei as minhas fragrâncias tão profundas e traçarei as minhas brisas tão sibiladas.
Tentarei ser trovador ao devanear pelo meu areal, perto da maresia tão angelical e do céu guardador de imensas histórias ardentes, fantasias incendiadas e contos abraseados, fazendo versejar cada desejo, cada essência, cada sonho.
Os silêncios mudos que serão sentidos com o meu olhar, abarcarão toda a natureza dos meus sentidos e contemplarão todo o meu mecanismo rumoroso e enterrado na minha areia dourada e quando o desenterrarei, avistarei o meu rosto a sorrir naquele oásis tão ansiado.
O meu sol esborratará todos os meus desconhecidos sonhos e fará desabrochar todos os meus recantos invulgares, arrepiando a minha condolente alma, autenticada por uma nuance de trilhos incontornáveis, confundíveis e cerrados à minha personalidade.
Quererei a minha vida cheia de cor, intensificando, redobrando e avivando o meu mundo petiz repleto de risos elogiados, gargalhadas aplaudidas e sorrisos louvados, fazendo da imaginação a minha realidade.


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