quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Anseio desenhado

Numa tela tão puramente ingénua, esbocei as minhas ânsias atenuadas num esvaziado recanto, desenhando esquiços de acreditados sonhos. Delineei naufragadas peripécias, encalhadas histórias e afundadas narrações, perdendo-me nos meus choros contidos e rendendo-me aos meus soltos pensamentos. Ressoando as minhas arcaicas memórias, contornei a saudade do meu riso e tracei os vocábulos inflamáveis para que o proclamar de meros devaneios evocasse o meu rabiscado coração. Com o fiel pincel que nas mãos tinha, cerquei os estilhaços que no tempo se penduraram e no pulsar de uma peculiar fantasia, rasguei os escombros cingidos ao meu intrigado saber. Já nos remates finais, retoquei o meu condiscípulo fundo e na essência de mim mesmo tive o deleite de esperar pelo meu enlaçado sorriso, como presenteio de um rubro futuro.



1 comentário:

FRAg® disse...

Olá.

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